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ONU prevê aquecimento global sem precedentes nos próximos cinco anos 1d86z

Cientistas veem chance 'chocante' de aumento de 2 °C nas temperaturas antes de 2030 5n511f

Por Ernesto Neves Atualizado em 28 Maio 2025, 12h34 - Publicado em 28 Maio 2025, 12h31

As chances de o mundo registrar um novo recorde anual de calor nos próximos cinco anos são de 80%, o que pode agravar episódios extremos de secas, enchentes e incêndios florestais.

O alerta foi feito pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), em novo relatório que reforça os sinais de um aquecimento global acelerado.

Pela primeira vez, os dados também apontam uma probabilidade — ainda que pequena — de que o planeta registre, antes de 2030, um ano com temperatura média 2 °C acima dos níveis pré-industriais. Cientistas classificaram essa possibilidade como “chocante”.

O relatório chega após a década mais quente já registrada, e reforça os riscos crescentes para a saúde humana, economias nacionais e ecossistemas naturais, caso o mundo não interrompa rapidamente a queima de petróleo, gás, carvão e biomassa.

Com base na análise de projeções climáticas de curto e médio prazo, o estudo estima em 70% a chance de que a média de aquecimento entre 2025 e 2029 ultrae 1,5 °C em relação à era pré-industrial — o limite mais ambicioso estabelecido pelo Acordo de Paris. Embora esse tratado considere médias de 20 anos, o resultado sinaliza uma aproximação perigosa desse marco crítico.

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A probabilidade de que o limite de 1,5 °C seja superado em pelo menos um dos próximos cinco anos também aumentou significativamente: ou de 40% no relatório de 2020 para 86% no levantamento atual.

Em 2024, pela primeira vez, esse patamar foi ultraado em termos anuais — algo que nenhuma projeção considerava plausível antes de 2014. O ano ado foi, também, o mais quente já registrado nos 175 anos de medições modernas.

O novo relatório foi elaborado a partir da combinação de 220 modelos climáticos, desenvolvidos por 15 centros de pesquisa de diversos países, incluindo o Met Office (Reino Unido), o Barcelona Supercomputing Center (Espanha), o Centro Canadense de Modelagem Climática e o Deutscher Wetterdienst (Alemanha).

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Apesar de a chance de um ano 2 °C mais quente ocorrer antes de 2030 ainda ser considerada muito baixa — cerca de 1% —, a simples possibilidade de isso acontecer já representa uma mudança alarmante de perspectiva. Tal cenário dependeria da combinação de diversos fatores de aquecimento, como a ocorrência de um El Niño forte.

Os impactos, no entanto, não serão distribuídos de forma uniforme. O relatório prevê que os invernos no Ártico devem aquecer até 3,5 vezes mais rapidamente que a média global, impulsionados pelo derretimento do gelo marinho — que reduz a reflexão da radiação solar.

A Amazônia deve enfrentar secas mais severas, enquanto o sul da Ásia, o Sahel e o norte da Europa, incluindo o Reino Unido, terão mais chuvas.

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