Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Maquiavel 3a4y1t

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para s.

Juízes reclamam que PEC do Corte de Gastos pode acabar com penduricalhos 5q3v2f

Entidades do setor emitiram notas afirmando que a proposta do governo Lula pode provocar 'êxodo' de juízes e desembargadores r4w4m

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 dez 2024, 12h39

Entidades que representam juízes, desembargadores e presidentes de tribunais de Justiça e Federais de todo o país vieram a público criticar a PEC nº 45/2024, chamada popularmente de PEC do Corte de Gastos, apresentada pelo governo federal e na iminência de ser votada na Câmara dos Deputados. O ponto-chave para a categoria é que a PEC limita e dificulta o pagamento de penduricalhos, que comumente extrapolam o teto do funcionalismo público.

De acordo com o artigo 37 da Constituição, nenhum funcionário público pode ganhar mais do que o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), teto que hoje tem o valor de 44.008 reais. No entanto, um trecho desse mesmo artigo diz que verbas indenizatórias — como auxílio moradia, auxílio transporte, compensações por acúmulo de funções e de serviços — ficam de fora dessa regra. São chamados, por isso, de “penduricalhos”. É por esse mecanismo, muitas vezes, que juízes e desembargadores recebem salários altos, muito acima do teto do funcionalismo público.

A PEC do Corte de Gastos prevê que esas verbas indenizatórias não poderão ar do teto do artigo 37, a menos que exista uma lei complementar, de nível federal, autorizando o seu pagamento. Na prática, se o texto fosse aprovado dessa forma, muitos penduricalhos acabariam e seria necessário um novo projeto de lei para que eles voltem a existir.

Uma das notas de maior peso divulgada nesta quarta-feira, 4, é da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). O texto diz que a PEC proposta pelo governo “viola os princípios constitucionais da separação de Poderes, da autonomia institucional e do pacto federativo”.

Outra entidade que se manifestou foi o Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), que reúne os presidentes dos Tribunais Regionais Federais e Eleitroais. “A proposta impacta diretamente direitos já consagrados da magistratura nacional. Entre os possíveis efeitos adversos, destaca-se o fato de que aproximadamente 40% dos magistrados contam atualmente com os requisitos para aposentadoria e, caso a PEC seja aprovada, muitos poderão optar por se aposentar imediatamente”, diz a nota.

Continua após a publicidade

Fernando Antonio Torres Garcia, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, maior corte estadual do país, também divulgou um comunicado, falando que a PEC provocaria um “êxodo” de magistrados da carreira. “Nesse sentido, se aprovada a PEC 45/2024 tal como apresentada, o êxodo de magistrados que todo o Poder Judiciário experimentará terá impactos negativos aos cofres públicos, ao contrário do que tem sido alardeado pelos defensores dessa proposta”, diz a nota divulgada também nesta quarta.

A Câmara aprovou o regime de urgência da PEC do Corte de Gastos, mas não houve consenso sobre a matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Por isso, o projeto deverá ser pautado diretamente no Plenário.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

ABRIL DAY

Digital Completo 334n2c

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 115i1p

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.