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Por Marcela Rahal

Jornalista, já atuou em diversos veículos como repórter, editora e âncora de telejornais. Sempre cobrindo hardnews, nas editorias de política, economia e cidades. Blog de informação e análise do cenário político nacional.

Política

O contraponto que fez o chanceler do Suriname ser eleito na OEA 5au4b

Por aclamação, Albert Ramdin será o novo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, a partir de maio 3c1t5s

Por Marcela Rahal SEGUIR SEGUINDO 15 mar 2025, 08h00

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 19/02/2025 (ROBERTO SCHMIDT/AFP)

Durante a gestão do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, a OEA acabou perdendo relevância no cenário internacional na busca por soluções de conflitos regionais. Muito se deve, segundo a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, por “seletividade política” e “lógica da exclusão” na condução da instituição.

A fala feita na última segunda-feira, 10, após a eleição unânime do chanceler do Suriname, Albert Ramdin, como novo secretário-geral, corrobora com visões de outros integrantes da diplomacia brasileira. Segundo um diplomata, a votação por aclamação foi resultado de um diálogo que buscou o multilateralismo, diferentemente de Almagro que tornou públicas as suas convicções pessoais em diversos conflitos, em detrimento da Organização. “Ele fez campanha para ser secretário-geral de todos, enquanto o outro [Almagro] parecia querer ser SG do presidente americano Donald Trump”, sintetizou.

Além disso, o candidato do Suriname tinha um outro ponto importante que foi reconhecido e apoiado pelo Brasil: o Caribe nunca teve um representante no comando da Organização desde a criação, em 1948.

Ramdin assume no dia 25 de maio com o importante desafio de fazer a OEA voltar a ter mais protagonismo na ajuda de conflitos regionais, em meio à política agressiva, expansionista e protecionista do presidente americano Donald Trump.