Como a IA pode revolucionar o futebol brasileiro 494y5l
Aspirantes a craque ganham chance de ser descobertos graças a um novo jogador em campo: um app com algoritmo olheiro 422u6p

Uma partida de futebol nunca antes vista vai acontecer em Itajaí, Santa Catarina, no sábado (7). O ineditismo surge não dos times, das regras ou qualquer outro elemento típico do esporte mais popular do país. E, sim, do fato de que pela primeira vez atletas descobertos e ranqueados por IA disputarão a final de um torneio.
Trata-se de uma competição chamada A Jornada, idealizada para testar o potencial do aplicativo CUJU, que ambiciona inovar a maneira como atletas com bola no pé são selecionados no Brasil. Em vez da tradicional peneira, permite que jovens esportistas forneçam à plataforma vídeos seus em atividade.
A partir daí, o app desenvolvido pela empresa alemã Rogon Technologies utiliza IA e visão computacional para analisar o material dos aspirantes, avaliando critérios como velocidade, controle de bola, e e agilidade.
Em poucos dias, o candidato aparece no radar de olheiros profissionais, que podem ar um ranking objetivo e transparente, atualizado a cada nova submissão. Lançado em 2024, obteve até o momento mais de 75 mil dowloads e distribui mais de R$ 1 milhão em prêmios, incluindo valores para atletas, clubes e treinadores.
O diferencial do CUJU está na combinação entre tecnologia e validação humana. O algoritmo olheiro funciona como um primeiro filtro, mas uma equipe de especialistas revisa os melhores desempenhos, garantindo que talento e potencial não se percam em números frios. Embora busque mudar a forma como talentos são revelados, a plataforma não substitui totalmente os olheiros. Em vez disso, mira em ampliar seu alcance, democratizar a oportunidade e reduzir vieses.
O evento A Jornada começou em fevereiro, com quatro categorias: três masculinas, uma feminina. Cada grupo continha 24 representantes, distribuídos a partir das classificações no ranking do CUJU e conforme a idade. Os atletas têm entre 13 e 17 anos.
Na partida deste sábado, os atletas se enfrentarão em dois tempos de vinte minutos, no padrão tradicional (ou seja, com onze integrantes em cada lado do campo). Mas serão avaliados individualmente por um júri com o objetivo de escolher um grande talento masculino e outro feminino. Entre a comissão julgadora há scouts, jogadores e influenciadores do ramo esportivo.
Apesar de esta edição ter sido restrita a Santa Catarina, o CUJU promete expandir a busca por craques para todo o Brasil num futuro próximo. Talvez revele que há ainda mais talento a ser descoberto. Ou não. Mas, com certeza, colocar IAs em campo para buscar novos craques ainda vai render muita resenha.