Estudo aponta ineficiência do Brasil na alocação de recursos públicos
País arrecada mais em proporção ao PIB e não apresenta um nível alto de qualidade de vida

O último ranking de ‘Retorno de Bem-Estar à Sociedade’ (IRBES), do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) novamente colocou o Brasil na última posição entre 30 países selecionados. O IBPT cruza dados de carga tributária dos países com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para indicar quais nações têm mais retorno a partir do pagamento de impostos. A carga tributária do Brasil em 2023, utilizada como referência no estudo, ficou em 33,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, o país cobra menos impostos do que Itália, França, Bélgica e os países nórdicos — todos com cargas tributárias que representam ao menos 42% de seus PIBs. O IDH do Brasil, contudo, é muito inferior ao desses países, de modo que o IBPT conclui que o volume de dinheiro arrecadado pelo Estado poderia ser melhor alocado. O Brasil apresentou um IDH de 0,786 em 2023, enquanto os outros países citados têm pontuação de ao menos 0,906. É a 14a edição do estudo, sendo que o Brasil sempre figurou na última posição. A Irlanda figurou em primeiro lugar nas sete últimas edições do ranking, atualmente com uma carga tributária de 22,7% do seu PIB e o sétimo maior IDH (0,95) entre os 30 países selecionados.