A trajetória da empresária que se tornou expert em ‘beleza verde’ 31505s
Soraia Zonta é embaixadora de química verde da ONU g4i55

Fundadora e CEO da Bioart Biodermocosméticos, Soraia Zonta é reconhecida pelo trabalho pioneiro e inovador no setor de cosméticos do Brasil. Pesquisadora de clean beauty, ela desenvolveu produtos de maquiagem e de cuidados com a pele com ingredientes naturais, orgânicos e biodegradáveis, que solucionaram severas alergias de pele que enfrentava desde a infância. Preocupada também com uma gestão sustentável, a empresária ganhou o prêmio global de química verde da Organização das Nações Unidas (ONU) na categoria Iniciativas Lideradas por Mulheres (Women Led Initiatives). Além de ser convidada para se tornar embaixadora do Brasil e da América Latina de química verde da ONU. Natural de Canelinha, na Grande Florianópolis (SC), Zonta é formada em Turismo e Hotelaria pela Univali; e compartilhou sua jornada no livro Na Pele (Santa Editora). Após participar do Desert Women Summit, realizado no final de maio em Erfoud, no Marrocos, ela falou com a coluna GENTE sobre transição de carreira e como iniciou a trajetória na “beleza limpa”.
“Essa mudança de carreira é bem interessante, até para que as pessoas entendam que o que define a gente não é uma faculdade, mas algo que a gente busca, um propósito maior. Comecei dentro do turismo e hotelaria, porque meu sonho era viajar e hoje viajo dando palestras de cosméticos. Queria viajar, entender sobre o mundo, as histórias e culturas. Porém, dentro de turismo e hotelaria, fui para uma área de gestão de SPA. Um projeto que criei, por exemplo, traz a indústria do bem-estar através de spa para dentro da hotelaria e principalmente no naturalismo. Porque já estava vivenciando as questões com a minha pele e entendendo que ingredientes naturais estavam fazendo um bem maior. Com isso fui criando produtos, desde os ingredientes, porque não tinha naquela época. Nesse contexto todo, a gente levou um projeto para a Ipiranga Química, que na época tinha uma divisão de química humana, para testar esses ingredientes. Em pouco tempo já estava fazendo negócios com esses ingredientes na França, Itália e Japão. Então, minha trajetória começa internacional, vendendo os ingredientes. A minha visão era mudança de consciência. E desde o começo busquei certificações, como não poluir os oceanos. A ONU me viu como uma pessoa que cumpria os objetivos sustentáveis dentro da indústria, sem ser marketing. Me chamaram para esse reconhecimento, a primeira mulher no mundo preocupada com a química verde, ou seja, beleza verde”.