Caso Léo Lins: imprensa americana dá destaque à prisão de humorista 67704x
A linha-dura contra o discurso racista no Brasil foi ressaltada pelo veículo 3f3i5f

O jornal americano Washington Post deu um destaque para o comediante Léo Lins, condenado a oito anos e três meses de prisão em regime fechado por violar leis federais de combate à discriminação. A decisão, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, teve como base o especial de comédia Perturbador, publicado no YouTube. Além da pena privativa de liberdade, Lins foi condenado ao pagamento de 1,4 milhão de reais em multas, além de 303,6 mil reais por danos morais coletivos.
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Diz o jornal americano: “Chamando sua comédia de ‘preconceituosa e discriminatória contra minorias e grupos vulneráveis’, um juiz do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo o condenou por ‘praticar’ ou ‘incitar’ racismo e preconceito religioso, bem como discriminação contra pessoas com deficiência. A decisão marca o mais recente esforço do Brasil para impor limites à liberdade de expressão, especialmente nas redes sociais. Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem repetidamente tomado medidas para bloquear e remover as contas online de pessoas que, segundo ele, estavam disseminando informações enganosas que poderiam colocar em risco a democracia brasileira. O país também assumiu uma posição cada vez mais linha-dura contra o discurso racista, que é considerado crime no Brasil, ao contrário dos Estados Unidos”.