‘Mais do que coragem, empreender é ato de ousadia’, defendem empresárias 1q4s22

A atitude para empreender não é das mais fáceis, diante dos desafios impostos pelo mercado e oscilações de cada setor. Para as mulheres, o tema é ainda mais tenso, já que atravessa barreiras que, dependendo da área, dialogam com o machismo que ainda impera na sociedade. A coluna GENTE perguntou a três empresárias o que trazem de lições para o empreendedorismo feminino.

Para Mariana Menezes, sócia-fundadora da Capital Concreto, é importante a troca de informações e ajuda mútua. “É vital saber construir redes de apoio e conexões sólidas que podem abrir portas. Entre mulheres, o apoio de uma a outra fortalece ainda mais isso. Mulheres confiam em mulheres, e isso gera conexões reais”, diz ela, que traz na bagagem a experiência do R.496, primeira incorporação imobiliária 100% desenvolvida por mulheres do mundo. “Vi que a rede de conexões entre mulheres é capaz de gerar muitos negócios lucrativos. Destaco também abraçar a inovação e a adaptabilidade, uma vez que o mundo está em constante mudança e a capacidade de se reinventar pode ser o diferencial necessário para o sucesso”, continua.

Suellenn Simas e Renata Hutner, sócias-fundadoras do Simas e Hütner Advocacia, apontam para o momento certo de tomar decisões. Suellen defende que, antes de empreender, toda mulher precisa entender que coragem é o ponto de partida, mas é o autoconhecimento que sustenta o caminho. “Quando você se conhece de verdade, enfrenta os desafios com mais firmeza e clareza. Saber quem você é, quais são seus limites e onde quer chegar muda tudo. O medo vai aparecer, mas não pode ser maior do que a sua vontade de crescer e transformar. E, no fim, não são os discursos que convencem, são os resultados”. Renata faz coro com a parceira. “A maior virada começa no instante em que você escolhe agir, mesmo sem ter tudo o que acha que é necessário. O empreendedorismo é feito de tentativas, erros e aprendizados constantes. O aprendizado vem da prática, da adaptação e, acima de tudo, da resiliência. Mais do que um ato de coragem, empreender é um movimento de ousadia”, conclui. As três palestraram no Desert Women Summit, realizado em Erfoud, Marrocos, no mês ado.

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