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As seis medidas mais apoiadas pela Câmara e pelo Senado para cortar os gastos públicos

A grande maioria dos deputados e senadores votaria a favor do cortes de benefícios fiscais, segundo pesquisa feita em abril

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jun 2025, 19h08 - Publicado em 8 jun 2025, 19h04

Alguns pontos do pacote de reformas estruturais que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresenta na noite deste domingo aos líderes da Câmara dos Deputados devem agradar mais os parlamentares que outros, se as tendências detectadas por uma pesquisa realizada no fim de abril pela organização não governamental Ranking dos Políticos ainda forem válidas.

A sondagem consultou cento e onze deputados federais de dezesseis partidos e vinte e oito senadores de doze legendas entre os dias 15 e 28 de abril. Os parlamentares escolheram até três opções em uma lista de medidas que apoiariam para conter os gastos públicos. Na Câmara, a grande maioria dos entrevistados aprovaria a redução dos benefícios fiscais concedidos pelo governo a empresas e setores, que, neste ano, deve alcançar 800 bilhões de reais, segundo o Ministério da Fazenda. A medida contou com o apoio de 72% dos deputados.

A revisão dos gastos tributários, como são chamados o conjunto de benefícios e subsídios fiscais concedidos a empresas e setores, é uma das medidas estruturais que Haddad deve apresentar neste domingo às lideranças da Câmara, embora enfrente a resistência de parte do empresariado. O motivo é que, segundo se cogita, a proposta seria um corte linear de 10% sobre benefícios e isenções fiscais. Associações de empresas têm dito que o corte linear seria injusto com setores que, efetivamente, geraram contrapartidas aos incentivos na forma de criação de empregos e investimentos produtivos.

A existência de uma grande bancada ruralista na casa não impediu que a redução dos incentivos fiscais contidos no Plano Safra figurasse em segundo lugar entre as propostas que seriam apoiadas pelos deputados, embora em um distante segundo lugar, com quase 37% de menções.

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No Senado, o corte dos incentivos fiscais angaria ainda mais apoio, sendo citado por quase 93% dos senadores entrevistados. Eles também se mostraram mais propensos a reduzir os benefícios do Plano Safra com 57%. A medida com menor apoio no Congresso é o congelamento do salário mínimo, termo pelo qual ficou conhecida a proposta de reajustá-lo apenas pela inflação, sem ganhos reais. A medida ajudaria a conter o aumento de despesas vinculadas ao mínimo, como o pagamento de aposentadorias e benefícios da Previdência Social, o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Na Câmara, o congelamento do salário mínimo seria apoiado apenas por 9% dos deputados consultados na pesquisa. No Senado, a falta de apoio é ainda mais pronunciada: apenas 3,6% dos participantes votariam a favor. Ao mesmo tempo, os entrevistados afirmam que reajustes acima da inflação para o mínimo estão entre as matérias com maiores chances de aprovação pelos congressistas nos próximos meses, segundo 49% dos deputados e 79% dos senadores.

 

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