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O efeito Copa do Mundo na B3 e o risco de Lula repetir as perdas de 2002

Volume de negociações cai em média 20% em dias de jogo da seleção, mas costuma ter efeitos positivos nas bolsas com as vitórias, com exceção de 2002

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 dez 2022, 14h38 - Publicado em 2 dez 2022, 13h30

A Copa do Mundo não paralisa apenas os torcedores que esperam quatro anos para assistir à seleção de seu país em campo, mas também os investidores. O volume de negociações no Ibovespa cai em média 20% nos dias em que a seleção entra em campo, segundo levantamento da Agência TradeMap.

Nesses oito dias de mundial, de 21 a 28 de novembro, o Ibovespa negociou uma média de 18,7 bilhões reais por dia, caindo para média de 14,14 bilhões de reais no dia do jogo contra a Sérvia e 15,2 bilhões de reais no dia da partida contra a Suíça.

Apesar da baixa liquidez no mercado durante o período do Mundial, um relatório elaborado por analistas do Santander destaca que o evento costuma ter efeitos positivos nas bolsas. Desde 1990, o desempenho da bolsa dos vencedores melhorou em média 0,3% durante o primeiro mês após a conquista. “A empolgação da nação campeã pode, pelo menos temporariamente, valer a pena no mercado de ações local, mesmo que de maneira sutil”, diz o relatório, assinado pelos analistas Aline Cardoso, Ricardo Peretti e Alice Corrêa.

Em 1994, quando o Brasil foi tetracampeão, o Ibovespa subiu no mês posterior à Copa 26,5%, acima dos 24,1% do mês anterior ao evento esportivo. Em 2002, quando o Brasil foi pentacampeão, o efeito Lula, que era visto com desconfiança pelo mercado, prejudicou a bolsa. Após o Mundial, o Ibovespa registrou a maior baixa, de 20,9% entre todos os países campeões, marcando as incertezas dos meses anteriores ao primeiro mandato de Lula e depois de ele ter sido eleito.

De acordo com o levantamento, as negociações não caem apenas durante o jogo do Brasil, mas durante todo o período do Mundial. Em 2018, quando a Copa foi realizada na Rússia, o recuo no comparativo do ano com o período do Mundial foi de 19,8%. Neste ano, o recuo é de 26,4%.

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O horário dos jogos também interfere no desempenho do Ibovespa durante o Mundial. Quanto mais tarde, pior é o volume de negociações. Nesta sexta-feira, 2, o Brasil entra em campo às 16h contra Camarões, mesmo horário do primeiro jogo contra a Sérvia, com a partida encerrando junto com o fechamento do mercado. A liquidez do mercado na estreia da seleção foi 7,5% menor do que no segundo jogo, que foi realizado às 13h contra a Suíça.

Em 2018 foi diferente. Quando o Brasil jogou com a Sérvia antes do início do pregão, o Ibovespa negociou 8,2 bilhões de reais, montante similar ao da média da Copa como um todo, de 8,7 bilhões de reais. Naquele ano, nos demais jogos da seleção, a movimentação ficou em torno de 6 bilhões de reais. Hoje, no entanto, as perdas são menores do que em 2018 devido ao aumento do número de investidores. Em 2018, o número de contas de pessoa física na B3 era de 800 mil. Atualmente são 4,6 milhões.

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