Década de 2020 deve ser a mais fraca para economia global desde 1960, diz Banco Mundial r5v6l
Banco reduziu projeção de crescimento do PIB global deste ano para 2,3%, ante 2,7% em janeiro 2t6p14

Em relatório semestral publicado nesta terça-feira, 10, o Banco Mundial reduziu projeções de crescimento e alertou que a década de 2020 caminha para ser a mais fraca para a economia global desde a década de 1960.
No documento Perspectivas Econômicas Globais, o banco com sede em Washington reduziu a projeção de crescimento do PIB global deste ano para 2,3%, ante 2,7% em janeiro.
Essa seria a menor taxa de crescimento desde 2008, fora de recessões generalizadas, afirmou o Banco Mundial, apontando os custos da “discórdia internacional – em relação ao comércio, em particular”.
Além da incerteza comercial e política, incluindo o tarifaço de Donald Trump nos Estados Unidos, as barreiras ao crescimento global incluem tensões geopolíticas crescentes, eventos climáticos extremos cada vez mais comuns e crescimento mais lento do que o esperado nas principais economias, o que pode gerar repercussões globais.
O economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, afirmou que décadas de progresso econômico nos países em desenvolvimento praticamente estagnaram nos últimos anos, com o crescimento do investimento e do comércio desacelerando e a dívida se acumulando.
“Fora da Ásia, o mundo em desenvolvimento está se tornando uma zona livre de desenvolvimento”, disse. “Isso vem se anunciando há mais de uma década. O crescimento das economias em desenvolvimento caiu drasticamente nas últimas três décadas – de 6% ao ano na década de 2000 para 5% na década de 2010 – e para menos de 4% na década de 2020″.
O crescimento global pode se recuperar mais rápido do que o esperado se as principais economias conseguirem mitigar tensões comerciais, acrescentou o Banco Mundial. A análise conclui que, se as disputas comerciais atuais fossem resolvidas com acordos que reduzissem as tarifas pela metade em relação aos níveis do final de maio, o crescimento global seria 0,2 ponto percentual mais forte, em média, ao longo de 2025 e 2026.