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Israel aceita proposta americana para cessar-fogo temporário em Gaza, confirma Casa Branca 5d25b

Hamas confirmou ter recebido o plano e declarou que está analisando-o 'de forma responsável'; Detalhes do texto ainda não foram revelados 362g21

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 Maio 2025, 18h10 - Publicado em 29 Maio 2025, 15h48

O governo de Israel aceitou uma nova proposta para um cessar-fogo temporário em Gaza, confirmou o governo dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, 29. O texto foi entregue em seguida ao grupo militante palestino Hamas, que confirmou recebimento e declarou que está analisando o documento “de forma responsável”.

“Também posso confirmar que essas discussões continuam e esperamos que um cessar-fogo ocorra em Gaza para que possamos devolver todos os reféns para casa”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Embora detalhes do possível acordo não tenham sido divulgados, uma fonte ouvida pelo jornal israelense Haaretz afirma que o plano inclui o retorno de dez reféns israelenses vivos e 18 mortos ao longo de 60 dias de cessar-fogo.

Segundo a fonte, o documento não inclui uma exigência para que Israel encerre sua intervenção militar e se retire do território palestino.

Na semana ada, o Hamas já havia concordado com outra proposta do enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witfkoff, para um eventual cessar-fogo em Gaza, segundo autoridade palestina à agência de notícias Reuters. O texto não foi aceito por Israel.

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Os movimentos em direção a um possível cessar-fogo se dão em meio à escalada da ofensiva israelense sobre o território palestino, intensificada em março, depois de Israel quebrar uma trégua de cerca de dois meses. Em 17 de maio, o governo israelense intensificou suas operações. Mais de 53.000 pessoas, em maioria civis, morreram desde o início da guerra, em outubro de 2023, após ataques do Hamas contra território israelense.

Nesta segunda-feira, ataques contra Gaza mataram mais de 50 pessoas, sendo 33 delas deslocados que se abrigavam em uma escola, segundo a Defesa Civil do território palestino. Os ataques separados foram registrados em Khan Younis, no sul, Jabalia, no norte, e Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, disseram médicos.

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A população da Faixa de Gaza, composta por 2,3 milhões de pessoas antes da guerra, está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”, apontou um relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), apoiada por agências das Nações Unidas, grupos de ajuda e governos.

O documento indicou que o cesar-fogo, que durou de janeiro a março, “levou a um alívio temporário” em Gaza, mas as novas hostilidades israelenses “reverteram” as melhorias. Cerca de 1,95 milhão de pessoas, ou 93% da população de Gaza, vivem níveis de insegurança alimentar aguda. Desse número, mais de 244 mil enfrentam graus “catastróficos”. A fome generalizada, segundo a pesquisa, é “cada vez mais provável” no território

Críticas a Israel 2i3a3p

Na semana ada, a União Europeia (UE) anunciou que revisará os laços comerciais com Israel devido à crise humanitária palestina, resultado da campanha militar israelense na Faixa de Gaza. A chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas, afirmou que Comissão Europeia, braço executivo da UE, reavaliará o Acordo de Associação UE-Israel, que regula as relações políticas e econômicas entre os dois lados através do livre comércio. A decisão, segundo ela, foi aprovada por uma “forte maioria” dos ministros dos 27 países membros.

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“A situação em Gaza é catastrófica. A ajuda que Israel permitiu a entrada é, obviamente, bem-vinda, mas é uma gota no oceano. A ajuda deve fluir imediatamente, sem obstrução e em grande escala, porque é disso que precisamos”, disse Kallas a repórteres em Bruxelas.

A movimentação da UE ocorreu um dia após o governo britânico suspender as negociações de livre comércio com Israel e impor novas sanções contra assentamentos na Cisjordânia. Na segunda-feira, 19, Reino Unido, França e Canadá ameaçaram “ações concretas” contra Israel em comunicado. O trio também se opôs “a qualquer tentativa de expandir os assentamentos na Cisjordânia” e afirmou que, apesar de apoiar o direito de defesa israelense, não ficaria “de braços cruzados enquanto o governo (de Benjamin) Netanyahu realiza essas ações atrozes”.

O alerta foi seguido por uma declaração conjunta assinada por 22 países, que exige que Israel e a “permitir a retomada total da ajuda a Gaza imediatamente e permitir que a ONU e as organizações humanitárias trabalhem de forma independente e imparcial para salvar vidas, reduzir o sofrimento e manter a dignidade”.

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“Quero deixar registrado hoje que estamos horrorizados com a escalada de Israel”, reforçou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ao Parlamento do Reino Unido nesta terça-feira. “Precisamos coordenar nossa resposta, porque esta guerra já dura tempo demais. Não podemos permitir que o povo de Gaza morra de fome.”

Além disso, Starmer repetiu o apelo para um cessar-fogo em Gaza e argumentou que uma trégua era a única forma de libertar os reféns mantidos pelo grupo palestino radical Hamas. Ele disse, ainda, que a a quantidade básica de ajuda humanitária permitida por Israel é “completamente inadequada”.

Trata-se de um aumento do tom de uma gama de países contra a campanha militar israelense em Gaza. Ainda na segunda-feira, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, também apelou para que Israel seja excluído de eventos culturais internacionais. Ele destacou que não se deve “permitir padrões duplos, nem mesmo na cultura” e criticou aqueles que defendem “um setor cultural insípido, silencioso e equidistante”.

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