Namorados: Assine Digital Completo por 5,99

Trump retira EUA do acordo nuclear com o Irã 1tq17

Líder americano anunciou sanções econômicas a Teerã; tratado, segundo ele, foi um "desastre" e não impediu ambição iraniana de desenvolver bomba atômica 6h6z4o

Por Da Redação Atualizado em 10 Maio 2018, 15h21 - Publicado em 8 Maio 2018, 15h31

O presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (8) a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã. O republicano afirmou também que irá adotar as mais elevadas sanções econômicas contra o regime iraniano.

O acordo nuclear marcou a maior realização estrangeira do ex-presidente americano Barack Obama. Trump, no entanto, chamou o pacto de “desastre” e de “o pior negócio de todos os tempos” e tem trabalhado para desfazer grande parte das agendas de política interna e externa deixadas por Obama.

“Está claro para mim que nós não podemos impedir uma bomba nuclear iraniana com essa estrutura decadente e podre do atual acordo”, afirmou Trump na Casa Branca nesta terça.

O presidente também criticou a istração anterior pelo pacto, afirmando que foi “uma grande vergonha para mim como cidadão”. “Um acordo construtivo poderia facilmente ter sido feito naquele momento, mas não foi”, completou.

O atual presidente americano critica o acordo por não incluir o programa de mísseis balísticos do Irã ou o apoio governamental iraniano a grupos como o Hezbollah e a ajuda enviada por eles ao presidente sírio Bashar Assad. Trump também critica o fato de os termos do acordo terem data para expirar. Ele afirma que o pacto “deu à ditadura do Irã uma linha de vida política e econômica”.

Continua após a publicidade

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um dos inimigos do Irã, também critica a negociação. Buscando garantir a retirada de Trump do pacto, ele apresentou na semana ada o que disse ser provas de que o Irã mentiu sobre suas ambições nucleares nos anos 2000. Porém as informações utilizadas por Netanyahu parecem coincidir com as que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já informara anteriormente sobre o programa nuclear de Teerã.

Enquanto isso, muitos iranianos dizem que não viram os benefícios econômicos que o presidente Hassan Rohani prometeu com o acordo. O público foi atingido pela espiral inflacionária, que alimentou protestos pelo país em dezembro e janeiro.

O acordo 2n603i

Em sua essência, o acordo de 2015 impõe restrições ao programa nuclear do Irã, tornando impossível para o país produzir uma bomba. Em troca, a maioria das sanções americanas e internacionais contra a economia do país foram retiradas. Mas o acordo também tem uma série de limites de tempo.

Continua após a publicidade

Segundo os termos do documento, o Irã só pode manter um estoque de 300 quilos de urânio pouco enriquecido, em comparação aos 100 toneladas que já armazenou. O país pode enriquecer urânio a apenas 3,67%, que pode ser utilizado para abastecer, por exemplo, um reator. No entanto, a porcentagem está longe dos 90% necessários para produzir uma arma atômica. O acordo também limita o número de centrífugas que o país pode operar e as reduziu a modelos mais lentos e antigos.

O Irã também foi obrigado a reconfigurar um reator de água pesada para que não possa mais produzir plutônio e concordou em converter seu campo de enriquecimento Fordow em um centro de pesquisa. O país ainda concedeu mais o aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e criou um sistema que permite aos observadores da ONU inspecionarem outros locais.

Em troca, potências mundiais retiraram as sanções econômicas paralisantes que haviam bloqueado o Irã das negociações bancárias e de petróleo internacionalmente. Além disso, deram ao país permissão para comprar aeronaves comerciais e realizar negócios em outras áreas. O acordo também descongelou bilhões de dólares que Teerã tinha no exterior.

Continua após a publicidade

O pacto, no entanto, não impede diretamente o país de testar ou disparar mísseis balísticos e possui uma série de datas de vencimento contínuas. Em oito anos, por exemplo, o Irã pode começar a testar até 30 novas centrífugas, número que pode expandir muito dois anos depois. Já quando o acordo completar quinze anos, as restrições ao enriquecimento de urânio e ao tamanho do arsenal do país terminam.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

Digital Completo 334n2c

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
ESPECIAL NAMORADOS

Revista em Casa + Digital Completo 115i1p

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.