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Ucrânia diz ter descoberto rede de espiões da Hungria, que mantém laços com Putin 4c651l

Dois acusados são ex-militares ucranianos, supostamente cooptados pelo governo húngaro para coletar informações sobre tropas na fronteira entre os países 55q4b

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 Maio 2025, 10h11

O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), principal agência de inteligência do país, anunciou nesta sexta-feira, 9, que prendeu dois supostos espiões que prestavam serviços para a Hungria, nação que mantém laços com a Rússia. A dupla de ex-militares ucranianos enfrenta acusações de traição, punível com prisão perpétua. Trata-se do primeiro caso de espionagem húngara à Ucrânia, de acordo com o comunicado do SBU.

Os acusados coletavam informações sobre forças ucranianas na região de Zakarpattia, que faz fronteira com a Hungria. Desde o ano ado, Kiev e Budapeste travam uma queda de braço pelo direitos da minoria étnica húngara que mora na área, que foi cedida à Ucrânia nos acordos após o fim da II Guerra Mundial (1939-1945). Embora não tenha negado a espionagem, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó, afirmou que a declaração do SBU pode ser considerada “propaganda anti-húngara”.

“Peço a todos que tenham cautela com qualquer notícia que apareça na propaganda ucraniana”, disse Szijjártó em coletiva. “Se tivermos algum detalhe ou informação oficial, podemos lidar com isso.”

A agência, por sua vez, informou os supostos espiões eram supervisionados por um oficial de carreira da inteligência militar húngara. Esse militar teria fornecido dinheiro e um dispositivo especial para comunicação secreta para apoiar a operação. Além disso, ele teria tentado recrutar outros indivíduos para a rede, segundo a SBU.

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Orbán e Putin 384ef

A Hungria tem ocupado uma posição polêmica, criticada por países europeus, em relação à guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental, o país se recusou a fornecer ajuda militar a Kiev e rejeitou o trânsito de armamentos por território húngaro com destino às tropas ucranianas.

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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, também ameaçou bloquear a assistência financeira da União Europeia à Ucrânia. Ele ainda se mostrou uma voz ativa contra sanções econômicas aplicadas à Rússia, além da adesão da Ucrânia ao bloco europeu. Enquanto isso, vem desmantelando aos poucos instituições democráticas em seu país, enquanto cerca a imprensa livre e ONGs com financiamento estrangeiro, e reduz os direitos das minorias, como a comunidade LGBTQIA+.

O líder húngaro é conhecido por manter bom relacionamento com líderes polêmicos, de Vladimir Putin, da Rússia, a Donald Trump, dos Estados Unidos, sem excluir o ex-presidente Jair Bolsonaro. Com isso, tornou-se nos últimos anos uma espécie de representante de um “clube dos autocratas” de extrema direita.

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