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Lula minimiza custos com viagens e diz que acordo Mercosul-UE seria ‘resposta a Trump’ 4v3f3o

“O papel do presidente é abrir as portas e dizer para os caras: 'nós produzimos isso, fazemos isso, o que vocês têm para nos oferecer?'", afirmou o petista 4uh41

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jun 2025, 09h32

Em viagem oficial à França, o presidente Lula minimizou os gastos que o governo brasileiro tem com suas agendas internacionais, voltou a defender neste sábado, 7, o avanço do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia e afirmou que, se viabilizado, ele poderia ser “uma resposta de multilateralismo ao Trump”. “Nessa viagem aqui, de vez em quando, as pessoas perguntam o quanto que a gente tá gastando para fazer essa viagem. Eu não sei quanto estou gastando porque não cuido disso, mas sei o quanto estou levando de volta para o Brasil”, disse.

Dias atrás, o petista já havia elevado o tom contra a Casa Branca ao declarar, também na capital sa, que era necessário haver mais “mesas de negociação e menos bravatas”. No momento em que o governo americano colocou em vigor novas tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados, elevando-as de 25% para 50%, Lula defendeu destravar o acordo entre UE e Mercosul para ampliar o fluxo comercial entre os dois blocos que, juntos, têm 718 milhões de pessoas e um PIB combinado de aproximadamente 22 trilhões de dólares, segundo dados do Ministério de Relações Exteriores brasileiro.

“O papel do presidente é abrir as portas e dizer para os caras: olha, nós produzimos isso, fazemos isso, o que vocês têm para nos oferecer?’ e fazer negócios. Foi isso que eu fiz aqui na França. Acho que o Brasil de vez em quando se comporta diante do continente europeu como se nós fôssemos colonizados ainda, ou seja, partimos do pressuposto que os países europeus são todos mais avançados, que todos são mais ricos do que nós e que nossa relação é sempre subserviente”, disse Lula em uma coletiva de imprensa neste sábado.

“Eu não acho que tem que ser assim. Tem muitas coisas que o Brasil é superior a qualquer país do mundo. Eu vim aqui para dizer ao presidente Macron: ‘presidente Macron, é uma vergonha um país do tamanho do Brasil, que é a oitava economia do mundo, e um país do tamanho da França, que é a quinta ou sexta maior economia do mundo, só tenham um fluxo de balança comercial de 9 bilhões [de dólares]’. [Eu disse] ‘Macron, abra seu coração para o Brasil e vamos esse acordo da União Europeia com o Mercosul’. (…) Seria o acordo mais excepcional já feito neste começo de século e seria uma resposta de multilateralismo ao Trump”, completou ele.

O acordo seria o maior da história do Mercosul, e Lula anunciou que pretende destravar eventuais gargalos, como a pressão de agricultores ses, que temem perder mercados e competitividade, em um prazo máximo de seis meses. Atualmente, os parceiros comerciais do Brasil garantem o preferencial a cerca de 8% das importações mundiais de bens. Uma simulação do Itamaraty projeta que o acordo vai resultar em um crescimento de 0,34% no PIB do Brasil em 2044, o equivalente a 37 bilhões de reais.

“Um dos papeis do presidente da República é fazer com que as coisas aconteçam. Não é ele negociar, é ele criar condições”, argumentou Lula, que relatou que um grupo de quinze empresários ses anunciaram investimentos de 100 bilhões de dólares no Brasil nos próximos cinco anos. “Isso é muito relevante para um país que precisa deixar de ser pequeno. O Brasil precisa deixar de ser pequeno, precisa se colocar como um país grande”, resumiu.

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