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‘Revisor informal’, Fux vira contraponto a Moraes e entusiasma réus 3k6o2w

Nesta terça magistrado questionou se gravação de prova tida crucial pode ter sido "grampeada" 634s3a

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 jun 2025, 18h36 - Publicado em 10 jun 2025, 18h34

Único ministro da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a acompanhar, ao lado de Alexandre de Moraes, o interrogatório dos oito réus apontados como integrantes do “núcleo crucial” da trama golpista, Luiz Fux tem provocado comemorações – nem sempre contidas – de diferentes advogados de defesa dos investigados ao apresentar perguntas tidas como favoráveis a teses que desqualificam documentos pró-golpe, minimizam revelações do delator premiado Mauro Cid e até mesmo pavimentam o terreno para que advogados questionem a legalidade de parte das provas colhidas ao longo da investigação.

Nesta segunda-feira, por exemplo, Fux questionou o antigo ajudante de ordens de Jair Bolsonaro sobre o que dizia quando qualificava certos diálogos de teor antidemocrático como “bravatas”. Para as defesas dos réus, o questionamento tornou-se uma oportunidade de o próprio delator tirar o peso de articulações consideradas pelo Ministério Público como evidências de que um golpe estava em curso. “Em várias partes do seu depoimento o senhor fala em bravatas. O que o senhor quer dizer com bravatas?”, questionou a Mauro Cid.

O delator respondeu na sequência: “Conhecendo o histórico militar dele [de alguns interlocutores que mandavam mensagem a Cid], sabendo até onde ele serve, a gente sabia que era alguém que ficava reclamando no Whatsapp. Era alguém que falava que fazia tudo mas não fazia nada”, explicou. Cid deu a entender que alguns de seus interlocutores não tinham capacidade nem intenção de consolidar nenhum tipo de atividade golpista. A resposta foi comemorada por Bolsonaro: “O que é bravata? Cascata. (…) Cada um fala uma coisa e resolve o problema do mundo”.

Em outro momento, também partiu de Fux perguntas sobre o vaivém de versões de Mauro Cid, pilar usado pelas defesas para tentar demolir as revelações do antigo braço direito do ex-presidente. “Foram várias colaborações. Algumas sobre um fato, outras sobre outro. Mas no conjunto, o mesmo assunto foi tratado mais de uma vez?”, perguntou Fux. Por lei, omissões ou mentiras em um acordo de colaboração com a Justiça, se confirmadas, levam ao cancelamento da delação.

Nesta terça, ao questionar Bolsonaro sobre a célebre reunião ministerial em que o ex-presidente insinua que ministros do STF receberam dinheiro, descredibiliza as urnas eletrônicas e ouve apelos para uma eventual intervenção militar, Luiz Fux começou seu questionamento classificando a verborragia do capitão como um episódio em que ele havia “escorregado no vocabulário”. Também na sessão desta tarde, na avaliação dos principais advogados dos réus interrogados, Fux “levantou a bola” quando questionou o ex-presidente se a reunião ministerial de julho de 2022 foi “gravada” ou “grampeada”.

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O vídeo do encontro da cúpula do governo foi apreendido entre o material do tenente-coronel Mauro Cid e, na avaliação da Polícia Federal, descortinou o papel de grande parte dos integrantes do antigo governo que hoje estão no banco dos réus. Foi nesta reunião ministerial que, entre outras coisas, o general Augusto Heleno mencionou uma virada de mesa nas eleições e diferentes discursos contra as urnas eletrônicas foram feitos.

Ao responder que havia sido “grampeada”, Bolsonaro semeia a tese – não necessariamente bem-sucedida – de que a prova poderá ser contestada no futuro. Provas ilícitas, diz a Constituição, são inissíveis e, portanto, não podem ser utilizadas para condenar ninguém.

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